Entenda o que é psicanálise, a origem dessa linha terapêutica e como ela pode contribuir para o desenvolvimento emocional do indivíduo
A psicanálise é uma linha terapêutica que pode ser estudada por pessoas de qualquer formação, embora a maioria dos psicanalistas sejam psicólogos que realizam cursos de especialização em psicanálise. Também é comum médicos psiquiatras atuarem como psicanalistas. O que os diferencia dos psicólogos é a possibilidade, pela formação em Medicina, de poderem prescrever medicamentos quando for necessário.
A psicanálise é um método terapêutico que foi desenvolvido pelo neurologista Sigmund Freud com o objetivo de auxiliar as pessoas a entenderem melhor seus sentimentos e emoções. Além disso, ela contribui para a identificação de como o inconsciente influencia os pensamentos e as ações no dia a dia.
Em outras palavras, a psicanálise visa analisar o comportamento humano, decifrar a organização da mente e curar doenças que não estejam relacionadas a causas orgânicas. Para Freud, muitos comportamentos conscientes são influenciados por forças inconscientes, como memórias, impulsos e desejos reprimidos.
A psicanálise tem quatro áreas principais de aplicação, sendo vista como:
A origem da psicanálise remonta ao século XIX, quando o médico Sigmund Freud, em 1881, passou a realizar estudos da psique humana quando atuava no Hospital Geral de Viena.
O estudioso via a psicanálise como uma “profissão de pessoas leigas que curam almas” (leia-se “almas” como “mente”), ou seja, a psicanálise seria o estudo das condições patológicas que atingem e afligem as pessoas.
Freud teve como inspiração os trabalhos realizados pelo fisiologista Josef Breuer, estudioso da hipnose, que marcou seus métodos de pesquisa. Acredita-se que ele também tenha incorporado à sua teoria conhecimentos adquiridos de filósofos como Platão e Schopenhauer.
Foi Freud quem demonstrou interesse pelos distúrbios emocionais que, em sua época, eram conhecidos como “histeria”. A partir da psicanálise, ele passou a buscar a cura para estes desequilíbrios mentais.
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Nessa linha da psicanálise, o inconsciente é o elemento central dos estudos e visto como o responsável por influenciar as ações humanas. Para Freud, as necessidades que impulsionam as ações são como pressões. Assim, toda ação tem uma pressão, ou seja, uma finalidade ou objeto de motivação.
Jacques Lacan foi o responsável pela chamada Escola Francesa da Psicanálise, cujo foco de estudo é a importância da linguagem para o ser humano e suas relações estabelecidas em sociedade. Para ele, a palavra é o que determina o sentido interpretado pela mente. O mundo em que vivemos, visto pela escola Lacaniana, é construído de símbolos e de significados, conceito que define que um objeto, imagem ou situação pode representar outra coisa.
O foco de Daniel Winnicott é a relação entre a criança e a mãe. Para ele, para que o indivíduo possa se desenvolver adequadamente, o ambiente precisa ser acolhedor e garantir a satisfação das necessidades básicas. Os ambientes familiar, econômico e social influenciam diretamente na formação da pessoa, mas a mãe é o fator principal.
Melanie Klein focou sua linha de estudos na mente das crianças para descobrir seus medos, fantasias e angústias. Para ela, a agressividade é o elemento primordial no desenvolvimento da criança, em vez de os aspectos sexuais, como pensava Freud.
Wilfred Bion foi o criador da chamada Teoria do Pensar. Para ele, o ato de pensar é uma forma de lidar com a frustração e ajuda a criar novas realidades para satisfazer os desejos não satisfeitos. Segundo Bion, o pensar depende de dois fatores: os pensamentos propriamente ditos e a faculdade de pensar. Bion também desenvolveu a Teoria do Conhecimento, que afirma que a formação do conhecimento da criança é proporcional à capacidade do ego de tolerar a frustração. Assim, ela consegue desenvolver mecanismos para evitá-la.
Foca na introspecção e empatia. Nela, o complexo de Édipo passa a ter um papel menor nas relações humanas e o narcisismo ganha destaque, sendo visto como uma etapa importante do desenvolvimento.
O foco do estudo dessa escola é o ego. Para Hartmann, o analista deve trabalhar com as funções conscientes do ego, como memória, pensamento, percepção, juízo crítico, entre outras.
Não é exigido que o psicanalista tenha formação em Psicologia ou Psiquiatria ou outra área da medicina. Este profissional pode ser graduado em outras áreas distintas que não tenham relação com os cuidados com a saúde mental. Para isso, é preciso fazer uma especialização em Psicanálise, um curso com duração média de 5 anos. Entretanto, a formação psicanalítica é considerada contínua, infindável, feita ao longo da vida com estudos contínuos, supervisão e análise pessoal (o psicanalista precisa ser psicanalisado). O tripé da formação de um psicanalista é feito de: estudo teórico, análise pessoal e supervisão.
O foco de atuação do psicanalista é auxiliar no tratamento de diversas condições de saúde, que também podem ser abordadas na psicologia ou na psiquiatria, como ansiedade, depressão e outros tipos de transtornos.
Mas o leque de opções é ampliado a partir do momento que a psicanálise também pode ser adotada no acompanhamento de pessoas que não tenham nenhuma condição clínica diagnosticada, mas que apenas desejam compreender suas experiências pessoais, ou quando apresentam problemas como dificuldades de concentração e de relacionamento social, amoroso ou familiar.
O psicanalista utiliza associações livres, sonhos e materiais inconscientes do próprio paciente para poder auxiliá-lo em sua recuperação. É comum, também, que alguns especialistas utilizem a técnica conhecida como “regressão” para induzir o paciente a buscar na sua mente o exato momento de sua vida que possa ter originado as emoções negativas relatadas por ele.
As sessões de psicanálise duram em média 45 minutos, podem ser feitas por pessoas de qualquer idade – adultos, adolescentes, crianças e idosos –, individualmente ou em grupo. Um ponto importante é procurar um profissional que esteja habilitado a atuar como psicanalista.
O psicanalista atua no inconsciente do indivíduo para liberar emoções e experiências reprimidas que possam ser a origem dos seus desequilíbrios.
O psicoterapeuta atua no consciente do indivíduo. Através da psicoterapia, ele consegue analisar os problemas emocionais, comportamentais ou transtornos mentais do paciente para, em um segundo momento, ajudá-lo a se conscientizar de seu comportamento e dos seus sentimentos e a aprender a lidar com suas dificuldades.
A Dra. Yumara Siqueira de Castro se formou em Medicina há 32 anos e tem 12 anos de Psiquiatria. Ela também atua como psicanalista e se define como uma profissional que trata das emoções e das doenças da alma, além de ser uma estudiosa dos conceitos de psicofarmacologia.
É formada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Psiquiatra e psicanalista, possui formação nas seguintes áreas:
Ao longo de sua experiência profissional, realizou diversas atividades científicas e tem vários artigos publicados, além de participação em cursos e congressos nacionais e internacionais.
Para mais informações, entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com a Dra. Yumara Siqueira.
Fontes:
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