Conheça os principais sintomas, como a ansiedade é classificada, possíveis causas e tratamentos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 265 milhões de pessoas sofrem de ansiedade em todo o mundo. O problema é mais comum entre as mulheres, pode surgir em qualquer momento e atingir pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças (a chamada ansiedade infantil).
A ansiedade pode levar a pessoa à incapacidade para realizar suas atividades diárias, além de limitar o convívio social e familiar. Por isso, é importante saber identificar quando a ansiedade passa a ser um motivo de preocupação e procurar ajuda com um especialista para que ele indique o tratamento mais adequado.
A ansiedade pode ser definida como uma série de sentimentos vivenciados pelo indivíduo, que podem tanto beneficiá-lo — ela estimula a pessoa a entrar em ação — como interferir negativamente em sua vida, impactando no funcionamento mental e do corpo e impedindo o indivíduo de reagir. Dependendo das circunstâncias em que os sintomas ocorrem e da intensidade com que se apresentam, a ansiedade pode se tornar patológica.
Segundo a OMS, cerca de 19 milhões de brasileiros têm algum tipo de transtorno de ansiedade e a maioria dos atingidos é do sexo feminino.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, em 2021, em uma lista de onze países, o Brasil lidera com mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%), seguido, respectivamente, da Irlanda e dos Estados Unidos.
As causas da ansiedade podem estar relacionadas a uma série de fatores, que são classificados em: endógenos, ou seja, associados a questões biológicas, à própria genética ou a alterações que ocorrem no organismo em decorrência do aparecimento de algumas doenças ou alterações hormonais; e exógenos, que são as causas externas, ligadas a algum evento que desencadeou o quadro. Neste caso, são comuns acontecimentos como perda ou mudança de emprego, doença na família, luto, divórcio, entre outros, levarem a um quadro de ansiedade.
Ainda, tem papel importante no desenvolvimento da ansiedade o uso de alguns medicamentos e aquilo que a pessoa come ou bebe, principalmente quando o indivíduo faz uso de substâncias que alteram a consciência, como bebidas alcoólicas e drogas.
Nem sempre o fator que leva à ansiedade é único.
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Os sintomas da ansiedade patológica, ou seja, quando ela pode ser considerada um transtorno, costumam ser mais intensos do que os tidos como comuns, em algumas situações, e podem se manifestar de maneira física ou emocional. Os mais frequentes são:
A ansiedade pode ser classificada em diferentes tipos, a depender do fator desencadeante e dos sintomas apresentados pelo paciente. Os mais conhecidos são:
O principal sintoma do TAG é uma preocupação constante e exagerada que não está relacionada a nenhum evento que tenha ocorrido na vida da pessoa. O paciente também pode sentir cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia e sudorese.
Os primeiros sinais de que a pessoa pode estar tendo uma crise de pânico são: taquicardia, tontura, sudorese, tremores, sensação de perda do controle, sensação de morte iminente e alterações gastrointestinais, entre outros. Eles surgem de maneira súbita e duram cerca de 10 minutos.
Os sintomas de ansiedade surgem quando a pessoa tem que se expor em público, em situações em que ela é observada, como comer ou fazer uma apresentação. Nesses casos, é comum aparecerem sinais como palpitações, tontura, tremores, suor excessivo e sensação de desmaio.
Nesse tipo de ansiedade, o paciente apresenta obsessões – pensamentos ou ideias que “invadem” a pessoa e que ela não consegue controlar – e compulsões – atos ou comportamentos recorrentes e repetitivos, como tomar banho várias vezes ao dia, por exemplo.
Os sinais de ansiedade começam a se manifestar depois que a pessoa vivencia um evento traumático. Nesse caso, é comum o indivíduo ter a recorrência de lembranças negativas, náuseas, sudorese e pensamentos negativos.
Durante uma crise de ansiedade – que pode surgir abruptamente -, os sintomas mais frequentes apresentados pelo paciente são: taquicardia, respiração irregular, medo e tremores no corpo. Há casos em que os sintomas são tão intensos que a pessoa pode vir a acreditar que se trata de um infarto.
Existem algumas atitudes que podem ser tomadas para lidar com esse momento. São elas:
A pessoa que sofre com crises de ansiedade deve, em primeiro lugar, aceitar a sua ocorrência e buscar ajuda para aprender a lidar com elas. A ansiedade também pode ser controlada com algumas medidas que visam melhorar a qualidade de vida, como:
A ansiedade pode ser tratada de três maneiras diferentes:
1- Com o uso de medicamentos prescritos por um médico psiquiatra;
2- Com acompanhamento psicoterápico, coordenado por um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista;
3- Pela combinação dos dois tratamentos.
A maior parte das pessoas começa a se sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento.Psiquiatria no tratamento da ansiedade
O psiquiatra é o médico especialista em transtornos mentais e que pode tratar a ansiedade e todos os transtornos relacionados a ela. A psiquiatria contribui para diagnosticar se a ansiedade é fruto de algum outro transtorno mental ou se está relacionada a uma condição específica, como um trauma, e em qual nível o problema se encontra. É comum que os médicos psiquiatras solicitem aos pacientes exames laboratoriais e testes neurológicos para obter uma avaliação completa.
Quando necessário, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, que apenas podem ser prescritos pelo psiquiatra. Na maioria dos casos, o tratamento é de longo prazo e geralmente é recomendado que seja realizado junto com a psicoterapia, para que seja mais eficaz.
A psicanálise pode ajudar no tratamento da ansiedade à medida que promove uma melhor compreensão do problema e da forma como ele é encarado. Assim, o paciente aprende a desenvolver estratégias para minimizar os sintomas que são comuns a um quadro ansioso.
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Fontes:
Dra. Yumara Siqueira de Castro
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