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Síndrome do Pânico

Doença pode afetar pessoas de diferentes idades e pode estar relacionada a diversos fatores. Saiba quando procurar ajuda médica

síndrome do pânico, ou transtorno do pânico, é uma condição que se caracteriza pelo surgimento repentino, inesperado e inexplicável de crises de ansiedade marcadas por medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais que duram, em média, 10 minutos.

Durante a crise, é comum a pessoa ter a sensação iminente de morte e de falta de controle sobre si mesma. É como se ela estivesse prestes a enlouquecer. Uma das características das crises de pânico é que elas não têm hora, nem local ou contexto para ocorrer.

As mulheres são mais afetadas pela síndrome do pânico do que os homens. Uma pesquisa feita pela National Comorbidity Survey (NCS), dos Estados Unidos, mostrou que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e apenas 29% são homens.

A explicação para esse dado pode estar na maior sensibilização das estruturas cerebrais da mulher devido à flutuação hormonal. Pesquisadores já observaram, por exemplo, que a incidência de síndrome do pânico é maior no período fértil da vida.

Estima-se que cerca de um terço da população pode ter apenas uma crise isolada de pânico ao longo da vida e que cerca de 280 milhões de pessoas no mundo tenham síndrome do pânico.

Apesar de a primeira crise poder surgir em qualquer idade, a doença se manifesta com mais frequência na adolescência ou no início da idade adulta.

O indivíduo pode ter várias crises de síndrome do pânico durante o mesmo dia ou demorar anos para vivenciar um novo episódio. Há casos, ainda, em que elas podem ocorrer durante o sono.

O fato de não saber quando uma crise de síndrome do pânico pode ocorrer agrava a doença, gerando tensão e ansiedade, o que colabora para o desenvolvimento de outras fobias, como a chamada agorafobia.

A condição se caracteriza pelo temor que a pessoa tem de estar em lugares abertos com muita gente ao redor ou em lugares fechados, dos quais não consiga sair caso tenha uma crise de pânico.

Além disso, a síndrome do pânico pode levar à depressão — pois, muitas vezes, o paciente, por medo de uma nova crise, se isola do convívio social — e ao transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

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Causas

A síndrome do pânico pode ter, como causas, situações extremas de estresse, como as vividas quando uma pessoa perde um ente querido, é demitido, se divorcia ou, ainda, vivencia situações traumáticas na infância, como sequestros e assaltos.

Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome do pânico. A doença também pode estar relacionada ao consumo abusivo de alguns medicamentos, como anfetaminas, de drogas e álcool.

Outra hipótese que pode explicar a ocorrência de síndrome do pânico é a de que os pacientes que têm a doença possuem uma disfunção neurológica no sistema de alerta.

Quando a pessoa está diante de uma situação amedrontadora, seu sistema de alerta é acionado. Porém, em quem tem síndrome do pânico as crises são desencadeantes sem que haja uma causa aparente.

Sintomas

Os sintomas apresentados durante um episódio de síndrome do pânico podem ser físicos ou emocionais. Os mais comumente relatados pelos pacientes são:

  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Respiração acelerada;
  • Falta de ar;
  • Dor ou sensação de pressão no peito;
  • Suor frio;
  • Palidez;
  • Tontura;
  • Náuseas;
  • Tremores;
  • Adormecimentos e formigamentos;
  • Pernas bambas;
  • Calafrios;
  • Desmaio;
  • Sensação de estar “fora do corpo”;
  • Medo de morrer ou de perder o controle sobre si mesmo.,

Como agir durante uma crise de síndrome do pânico?

Existem algumas atitudes que podem ajudar quem está vivenciando uma crise de síndrome do pânico. São elas:

  • Diante de uma crise inesperada, a primeira coisa que a pessoa deve tentar fazer é controlar a respiração. Concentre-se nela e respire lentamente;
  • Procure por um ambiente mais calmo e tranquilo;
  • Tente focar seu pensamento em coisas, locais ou pessoas que lhe tragam calma e tranquilidade;
  • Concentre-se no momento presente.

O que fazer para evitar uma crise?

  • Pratique exercícios físicos regularmente;
  • Tenha uma alimentação balanceada;
  • Faça terapias de relaxamento, como massagem, meditação e yoga;
  • Procure ter uma noite de sono reparadora;
  • Dedique mais tempo para cuidar de você e de sua saúde.

Diagnóstico

O diagnóstico de síndrome do pânico pode ser demorado, pois vários sintomas físicos podem ser confundidos com os sinais apresentados por outras enfermidades, como infarto, epilepsia, hipoglicemia e hipertireoidismo.

Inicialmente, o médico pode solicitar alguns exames, como o de sangue e o eletrocardiograma, para descartar outras doenças.

Para diagnosticar a síndrome do pânico, o especialista (psiquiatra ou psicoterapeuta) considera os critérios estabelecidos no DSM.V, o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais.

O documento estabelece que um episódio isolado de pânico ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da síndrome do pânico.

Para que as crises sejam consideradas parte de um transtorno, elas precisam ser recorrentes e surgir de forma inesperada, e provocar modificações no comportamento que interferem negativamente na vida dos pacientes.

Além disso, é preciso que o paciente passe a evitar situações que possam desencadear novas crises e tenha episódios de pânico que não estejam relacionados ao uso de substâncias.

Tratamentos

O tratamento da síndrome do pânico visa amenizar os sintomas, controlar a síndrome e reduzir o número de crises, além de melhorar as condições de saúde mental do paciente, ajudando-o a encontrar ferramentas para lidar com sua condição. O tratamento pode ser feito com base em:

  • Psicoterapia;
  • Medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, que geralmente são administrados por um período que varia de 6 meses a um ano, e que vão sendo lentamente descontinuados.

O médico também pode prescrever medicamentos de uso específico para evitar que um ataque de pânico ocorra em algumas situações, como diante de uma apresentação no ambiente de trabalho, por exemplo.

A pessoa que convive com a síndrome do pânico deve ser acompanhada pelo seu médico e não interromper o tratamento, pois o risco de recidiva é alto.

Quando procurar um especialista?

Ao perceber alguns dos sintomas relatados acima, ou que você está muito ansioso, busque ajuda de um profissional. A síndrome do pânico pode ser tratada com a ajuda de um psiquiatra ou de um psicoterapeuta, ou de ambos.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Pfizer

Hospital Israelita Albert Einstein

Hospital São Matheus

Manual MSD

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