Conheça as principais características de transtorno associado ao surgimento de explosões desproporcionais de fúria
O transtorno explosivo intermitente, abreviado como TEI, é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por episódios recorrentes de explosões de raiva ou agressão desproporcional em relação à situação.
Pacientes com transtorno explosivo intermitente podem experimentar uma incapacidade de controlar impulsos agressivos, resultando em comportamentos violentos verbais ou físicos, como ataques de raiva, agressão física, danos a propriedades ou agressões verbais intensas. Tais episódios explosivos geralmente são desencadeados por pequenas frustrações ou estresses cotidianos e podem ser acompanhados por sentimentos de remorso ou vergonha após o ataque de raiva.
Estudos sugerem que desequilíbrios químicos no cérebro, especialmente relacionados aos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, podem desempenhar um papel no desenvolvimento do transtorno explosivo intermitente. Além disso, anormalidades na regulação das áreas do cérebro responsáveis pelo processamento das emoções, impulsos e comportamentos agressivos também podem estar envolvidas.
Quanto aos fatores de risco, o TEI pode estar associado a uma série de elementos. Histórico familiar da doença ou outros transtornos de controle de impulsos, como o transtorno de conduta, pode aumentar a predisposição para o desenvolvimento do problema.
Além disso, experiências traumáticas na infância, como abuso físico, negligência ou exposição a ambientes violentos, podem desempenhar um papel na vulnerabilidade ao transtorno explosivo intermitente.
Conforme já destacado, o transtorno explosivo intermitente é um distúrbio caracterizado principalmente por episódios repetidos de agressividade impulsiva e desproporcional em relação ao estímulo desencadeante. Os sinais do TEI podem ser:
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É preciso que os pais fiquem atentos às principais características associadas ao transtorno explosivo intermitente na infância. Nesta fase, o transtorno psiquiátrico se manifesta como uma condição em que as crianças exibem explosões graves e repetidas de agressividade desproporcional a eventos estressantes.
Esses episódios são caracterizados por comportamento agressivo físico ou verbal, como ataques físicos a pessoas ou animais, destruição de propriedade e explosões de raiva intensas.
As crianças com TEI, geralmente, têm dificuldade em controlar sua raiva e impulsos, e podem apresentar comportamento irritável e explosivo mesmo em situações cotidianas. Esses episódios podem causar prejuízos significativos nas relações interpessoais, no desempenho escolar e nas atividades diárias da criança.
O diagnóstico do transtorno explosivo intermitente deve ser realizado exclusivamente por um profissional de saúde mental, como um psicólogo, um psiquiatra ou um psicanalista. A avaliação deve ser feita clinicamente, com o especialista observando os sintomas e histórico médico e familiar do paciente, além da verificação de outros possíveis transtornos adjacentes e da utilização de medicação controlada.
Para a pessoa que questiona "como saber se tenho esse problema?", é essencial estar atento aos sintomas do TEI.
É importante observar se esses padrões de comportamento ocorrem de forma recorrente e se eles causam prejuízos significativos na vida cotidiana. Caso haja a desconfiança, é preciso buscar orientação especializada para que o correto diagnóstico seja feito.
Também é possível levantar a hipótese da existência do transtorno em terceiros ao se observar, com cautela, o comportamento da pessoa – os sintomas do transtorno costumam ser característicos e específicos. No entanto, a melhor dica para estes casos é orientar a pessoa a buscar ajuda psiquiátrica.
A prevenção das crises do transtorno explosivo intermitente é, sem dúvidas, um desafio, mas algumas ações podem ser adotadas para ajudar a reduzir a ocorrência e a intensidade das explosões de raiva.
Uma medida importante é a busca de tratamento adequado, como terapia psicoterapêutica. Além disso, o desenvolvimento de habilidades de regulação emocional é crucial na prevenção das crises. Isso pode incluir o aprendizado de técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação, para ajudar a controlar a ansiedade e a raiva. A prática regular de exercícios físicos também pode contribuir para a redução do estresse e da agitação emocional.
Manter um estilo de vida saudável é outro aspecto importante na prevenção das crises do TEI. Isso inclui adotar uma alimentação balanceada, dormir adequadamente e evitar o consumo excessivo de substâncias como álcool e drogas, que podem aumentar a impulsividade e a agressividade.
Quando não tratado ou controlado adequadamente, o transtorno explosivo intermitente pode resultar em consequências negativas. Os problemas que podem surgir em decorrência do TEI incluem dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
As explosões de raiva e agressividade podem causar danos nos relacionamentos pessoais, familiares, românticos, profissionais e de amizade. Isso pode levar ao isolamento social, ruptura de laços afetivos e conflitos constantes com outras pessoas. Não obstante, uma das consequências negativas pode ser justamente o desencadeamento de um quadro depressivo, acentuado por esse isolamento social.
Lidar com pessoas que têm transtorno explosivo intermitente pode ser um desafio delicado, mas existem algumas estratégias que podem ser úteis para promover um ambiente mais seguro e ajudar a pessoa a lidar com suas explosões de raiva.
O primeiro passo é procurar informações confiáveis sobre o tratamento para poder compreender melhor seus sintomas e suas características. Isso pode ajudar na despersonalização dos episódios de raiva, promovendo uma abordagem mais compassiva.
Também é de fundamental importância que você mantenha a calma e evite confrontos em uma pessoa durante seu acesso de raiva. Falar de maneira suave e não ameaçadora pode ajudar para que o episódio explosivo se encerre mais rapidamente.
O transtorno explosivo intermitente pode ser tratado, embora não haja uma cura definitiva. O objetivo principal do tratamento é ajudar o paciente a gerenciar e controlar os sintomas do TEI, reduzindo a frequência e a intensidade das explosões de raiva.
Além da terapia, em alguns casos, a medicação pode ser considerada para ajudar a controlar os sintomas da patologia. Os estabilizadores de humor, como o lítio e certos anticonvulsivantes, podem ser prescritos para ajudar a reduzir a impulsividade e a agressividade associadas ao transtorno.
A terapia envolve a identificação e a modificação de padrões de pensamento disfuncionais e distorcidos que contribuem para os episódios explosivos. A pessoa aprende a reconhecer os gatilhos que desencadeiam a raiva, a desenvolver habilidades de controle emocional e a adotar estratégias de enfrentamento mais saudáveis.
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Fontes:
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