Caracterizado por comportamentos compulsivos e pensamentos obsessivos, o TOC é muito mais que um conjunto de manias e rituais e precisa de tratamento adequado
Manter rituais comportamentais e de organização, medo intenso de algo terrível acontecer se determinadas tarefas não forem cumpridas e aflição com situações específicas são exemplos de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos que formam as principais características do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Trata-se de um distúrbio de ansiedade que, segundo a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), faz parte da vida de cerca de 1,8% da população mundial.
Apesar de ser uma condição mental muito comentada, as pessoas têm muito pouco conhecimento sobre as reais características do TOC, o que faz com que, muitas vezes, sejam feitas interpretações errôneas ou mesmo preconceituosas dos sintomas.
Desse modo, não é incomum que pessoas com esse transtorno desenvolvam sentimento de culpa e percepções negativas de si mesmas por causa da forma com que ele afeta as relações sociais e atividades rotineiras. Além disso, à medida que o tempo passa sem tratamento, os sintomas podem se agravar cada vez mais.
Determinar as causas exatas do transtorno obsessivo compulsivo ainda é um desafio para os especialistas. O que se conhece são alguns fatores especificados pelo manual diagnóstico como de risco para um potencial aparecimento do TOC em algum momento da vida.
Alguns estudos apontam a influência de fatores ambientais adquiridos ao longo da vida do indivíduo, como:
Mesmo assim, há casos de pacientes com TOC que não possuem históricos específicos de trauma.
Outros estudos indicam déficits na comunicação entre regiões do cérebro em pacientes com transtorno obsessivo compulsivo que podem ou não estar associados a algum tipo de predisposição genética.
De qualquer maneira, ao realizar o diagnóstico clínico do transtorno, o especialista buscará uma série de fatores que, combinados, possam ter levado o paciente a desenvolver a condição.
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Os sintomas do transtorno obsessivo compulsivo são, de forma geral, englobados pela presença de duas características principais: obsessão e compulsão. Daí a nomenclatura do distúrbio. Costumam surgir, na maioria das pessoas, no início da idade adulta, mas em algumas pessoas pode aparecer na infância e, mais raramente, após os 40 anos.
As obsessões se caracterizam por pensamentos obsessivos a respeito de algo específico que causam muita ansiedade. As obsessões mais comuns estão associadas ao medo de contaminação ou tragédias, obsessão por limpeza, organização, alinhamento de objetos e quantidades.
Por causa da tensão e da ansiedade causadas pelos pensamentos obsessivos, a pessoa passa a ter comportamentos compulsivos e repetitivos para buscar algum alívio. Esses comportamentos podem se traduzir em rituais cumpridos de forma repetitiva sempre que o indivíduo com TOC sente a necessidade de realizá-los.
Os principais comportamentos compulsivos que podem ser notados são:
Para que seja feito o diagnóstico do transtorno obsessivo compulsivo, o médico especialista deverá analisar a natureza e as características dos pensamentos e comportamentos sintomáticos característicos do paciente.
As principais características que são levadas em conta são o tempo despendido pelas ações, a repetição excessiva, a angústia gerada pelas obsessões e a maneira com que os sintomas comprometem negativamente a vida social e cotidiana dos indivíduos e das pessoas próximas.
É importante também que sejam investigadas possíveis outras causas para os sintomas, como reação ao uso de determinados medicamentos ou substâncias ilícitas, ou transtornos psíquicos e neurológicos que podem causar alguns comportamentos obsessivos e compulsivos.
O transtorno obsessivo compulsivo pode ser classificado em dois tipos principais:
Além dessas classificações, os especialistas costumam classificar os tipos de TOC de acordo com a forma com que os sintomas se manifestam, da seguinte maneira:
O tratamento do transtorno de ansiedade obsessivo compulsivo é feito a partir de uma combinação de medicações e psicoterapia. Remédios antidepressivos que atuem no controle do neurotransmissor serotonina podem atuar de maneira eficaz no alívio dos sintomas. Já a psicoterapia é essencial para uma boa evolução no tratamento do TOC.
O TOC não tem cura, mas quando o tratamento adequado é estabelecido de acordo com as necessidades e características de cada indivíduo, a melhora da qualidade de vida é significativa, tanto no dia a dia quanto nas relações sociais, familiares, amorosas e de autoestima.
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Fontes:
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